por Luís Gamboa Segunda-feira, 31 de Agosto de 2009
Hoje o meu filho acordou-me a dizer “pai despacha-te, já é muito tarde tens que me levar à escola”, como o miúdo me irritou, primeiro eu estava a dormir àquela hora, depois estava atrasado. Disse-lhe logo: "quem és tu fedelho para me pressionares?" Ao dizer isto fez-se-me luz... será que é esta a pressão que li e ouvi em todos os jornais, revistas e canais de televisão? Aquela que o primeiro-ministro ou o amigo, ou o primo, ou o tio ou todos juntos fazem, ou será que, como o meu filho, ele apenas reclama que uma justiça adormecida e lenta, acorde.
Esta dita pressão, que se ouve por todo o lado, sobre as diversas áreas do estado e do sector privado, será que existe? Se existe é bom que não demore a aparecerem provas, pois senão mais tarde ou mais cedo, poderá ser confundida com uma fabula, essa que eu conto ao meu filho, com o capuchinho vermelho e o lobo mau. E quem não tem medo do lobo mau.
Eu conheço a pressão que existe para que se vendam noticias, - e como as polémicas vendem. Vendem-se jornais, aumentam-se audiências, e com isto, cresce a publicidade, mais dinheiro para os grupos de media e, finalmente, melhores condições para quem escreve.
Quem é de facto corrupto? Quem exerce de facto pressão? Quem controla este conto do lobo mau? Qual o peso do capuchinho vermelho e dos seus sindicatos? E a avozinha no meio disto tudo, será que continua deitada, com o cabelo de laca, à espera do desenrolar da história.
É estranho que se castigue, de uma forma quase selvagem, o agora primeiro-ministro por rumores de que ele fez um atalho pelo antigo bosque de Alcochete quando deveria estar na cama e quieto a fingir de avozinha. Se de facto existem pressões, para que nada se saiba como é possível que tudo venha a público? Ou Governo é fraco e não as sabe fazer, ou ainda - teoria da conspiração -, existe alguém realmente profissional nesta matéria. Será que a avozinha se mexe bem debaixo dos lençóis? E o que esconderá o capuchinho debaixo da sua capa vermelha?
Quando alguém (e são muitos), director, editor, jornalista, até mesmo um estagiário de jornal, como eu já vi, vêm à televisão dizer que não existe liberdade de imprensa, ou são pouco sérios ou então não é necessário que o que dizem faça sentido. Existe maior liberdade do que dizer que “não existe liberdade na imprensa”. Maior liberdade do que dizer que não se pode falar mal do Governo’. Isto não faz sentido! Quando tudo é permitido, até dizer que nada é permitido. Falamos sobre o que acontece, sobre o que gostávamos que acontecesse ou mentimos acerca daquilo que poderia acontecer se acontecesse.
E Andamos nós neste Portugal de fábulas, onde já tivemos "O patinho feio", que agora é o cisne para Lisboa, o "Soldadinho de chumbo" e os seus submarinos que foi comido por um peixe qualquer e agora navega num táxi de papel e um "Pinóquio" já com experiência de fazer de Lobo Mau!
Temos que acreditar que seremos felizes! Sim porque estamos perto do fim, e o fim é sempre feliz nas histórias.
Adeus, tenho que ir e depressa para que o meu filho não chegue atrasado à escola. Pode ser que a justiça também chegue a horas e cumpra o seu papel de isenção, de imparcialidade e tenha discernimento para avaliar as provas apresentadas e exerça o seu poder de decisão.
LG
Hoje o meu filho acordou-me a dizer “pai despacha-te, já é muito tarde tens que me levar à escola”, como o miúdo me irritou, primeiro eu estava a dormir àquela hora, depois estava atrasado. Disse-lhe logo: "quem és tu fedelho para me pressionares?" Ao dizer isto fez-se-me luz... será que é esta a pressão que li e ouvi em todos os jornais, revistas e canais de televisão? Aquela que o primeiro-ministro ou o amigo, ou o primo, ou o tio ou todos juntos fazem, ou será que, como o meu filho, ele apenas reclama que uma justiça adormecida e lenta, acorde.
Esta dita pressão, que se ouve por todo o lado, sobre as diversas áreas do estado e do sector privado, será que existe? Se existe é bom que não demore a aparecerem provas, pois senão mais tarde ou mais cedo, poderá ser confundida com uma fabula, essa que eu conto ao meu filho, com o capuchinho vermelho e o lobo mau. E quem não tem medo do lobo mau.
Eu conheço a pressão que existe para que se vendam noticias, - e como as polémicas vendem. Vendem-se jornais, aumentam-se audiências, e com isto, cresce a publicidade, mais dinheiro para os grupos de media e, finalmente, melhores condições para quem escreve.
Quem é de facto corrupto? Quem exerce de facto pressão? Quem controla este conto do lobo mau? Qual o peso do capuchinho vermelho e dos seus sindicatos? E a avozinha no meio disto tudo, será que continua deitada, com o cabelo de laca, à espera do desenrolar da história.
É estranho que se castigue, de uma forma quase selvagem, o agora primeiro-ministro por rumores de que ele fez um atalho pelo antigo bosque de Alcochete quando deveria estar na cama e quieto a fingir de avozinha. Se de facto existem pressões, para que nada se saiba como é possível que tudo venha a público? Ou Governo é fraco e não as sabe fazer, ou ainda - teoria da conspiração -, existe alguém realmente profissional nesta matéria. Será que a avozinha se mexe bem debaixo dos lençóis? E o que esconderá o capuchinho debaixo da sua capa vermelha?
Quando alguém (e são muitos), director, editor, jornalista, até mesmo um estagiário de jornal, como eu já vi, vêm à televisão dizer que não existe liberdade de imprensa, ou são pouco sérios ou então não é necessário que o que dizem faça sentido. Existe maior liberdade do que dizer que “não existe liberdade na imprensa”. Maior liberdade do que dizer que não se pode falar mal do Governo’. Isto não faz sentido! Quando tudo é permitido, até dizer que nada é permitido. Falamos sobre o que acontece, sobre o que gostávamos que acontecesse ou mentimos acerca daquilo que poderia acontecer se acontecesse.
E Andamos nós neste Portugal de fábulas, onde já tivemos "O patinho feio", que agora é o cisne para Lisboa, o "Soldadinho de chumbo" e os seus submarinos que foi comido por um peixe qualquer e agora navega num táxi de papel e um "Pinóquio" já com experiência de fazer de Lobo Mau!
Temos que acreditar que seremos felizes! Sim porque estamos perto do fim, e o fim é sempre feliz nas histórias.
Adeus, tenho que ir e depressa para que o meu filho não chegue atrasado à escola. Pode ser que a justiça também chegue a horas e cumpra o seu papel de isenção, de imparcialidade e tenha discernimento para avaliar as provas apresentadas e exerça o seu poder de decisão.
LG
